Após receber quase R$ 4 milhões no ano, 4 de Julho vive crise interna e indefinições para 2022

Após receber quase R$ 4 milhões no ano, 4 de Julho vive crise interna e indefinições para 2022

Clube de Piripiri conclui temporada milionária após façanha na Copa do Brasil, mas perde treinador, jogadores e dirigentes

Após viver ano milionário, 4 de Julho vive crise interna entre dirigentes — Foto: Fábio Lima

O ano que tirou o 4 de Julho do vermelho caminha para um desfecho de crise interna provocada por atrito entre ex-aliados. Milionário da noite para o dia após chegar à terceira fase da Copa do Brasil em 2021, o Colorado vive uma crise política que eclodiu após a saída do vice-presidente José Amaro. De acordo com o dirigente, a falta de transparência nas finanças do clube o motivou a renunciar ao cargo. O Gavião adotou silêncio absoluto e não se pronunciou publicamente sobre as queixas.

Financeiramente, o 4 de Julho encheu o caixa este ano. Ao todo, o clube embolsou mais de R$ 3,78 milhões com cotas da Copa do Brasil, Copa do Nordeste, auxílio emergencial da CBF e Prefeitura de Piripiri. De acordo com os dados obtidos pelo ge, este montante não inclui transferências oriundas de patrocinadores.

VALORES RECEBIDOS PELO CLUBE EM 2021Copa do Brasil

1ª fase: R$ 560 mil

2ª fase: R$ 675 mil

3ª fase: R$ 1,7 milhão

Total: R$ 2,93 milhões

Copa do Nordeste

Fase de grupos: R$ 640 mil

Série D

Auxílio da CBF: R$ 120 mil

Prefeitura de Piripiri

Duas parcelas: R$ 90 mil

José Amaro pediu desligamento do 4 de Julho, no início desta semana, alegando falta de transparência na utilização dos recursos. Na carta de renúncia, no entanto, o ex-dirigente explicou que se afastou por “motivo meramente de foro íntimo”. Além dele, o gerente de futebol Edilson Moreira, figura histórica do clube nos últimos 30 anos, também pediu desligamento.

Ex-presidente do Colorado e atual diretor financeiro, Gilberto Sales foi procurado pelo ge, mas não respondeu aos contatos. Pessoas próximas à diretoria revelaram que o episódio acentuou as arestas que existem entre os dirigentes e virou a principal dor de cabeça a ser resolvida esta semana.



Crise nasceu na Era Flávio Araújo

Antes de ser eliminado pelo São Paulo na Copa do Brasil, o 4 de Julho havia atraído atenção do país ao passar pelo Cuiabá, que disputaria em seguida a Série A do Brasileiro. Com quase R$ 3 milhões em cotas garantidas no caixa, o então técnico Flávio Araújo avançou nas conversas com a diretoria sobre a montagem do elenco que disputaria na Série D.


Os pedidos por reforços do ex-treinador não foram atendidos sob a alegação de que os recursos seriam preservados e utilizados para a construção de um Centro de Treinamentos que nunca saiu do papel. A decisão da diretoria irritou Flávio Araújo, que entregou o cargo.

Com Fernando Tonet no cargo, o 4 de Julho não efetuou, de fato, grandes contratações para a Série D. O clube foi eliminado pelo ABC nas oitavas de final do Brasileiro.

Futuro incerto: Gavião disputará Piauiense e Série D em 2022

Com duas competições pela frente, uma delas marcada para começar no dia 15 de janeiro, o 4 de Julho desacelerou sua montagem de elenco. Após anunciar o volante Alemão e o zagueiro Marcondi, o clube foi surpreendido com o pedido de saída da dupla.


Acordado verbalmente com a equipe de Piripiri, o técnico Fernando Tonet também rompeu o acordo e foi para o Marcílio Dias, de Santa Catarina. Rogério Corrêa foi contratado para ocupar o cargo.

Mesmo com a chegada do novo treinador marcada para o próximo sábado, o 4 de Julho não definiu ao certo quando inicia seus treinos da pré-temporada com o elenco. O grupo de jogadores ainda não foi montado. O Colorado fecha a 1ª rodada do Piauiense e encara o Flamengo-PI, no dia 16 de janeiro, em Teresina.

Fonte: Globoesporte.com


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