Morre segunda criança que comeu caju envenenado dado por vizinha em Parnaíba
Ele havia saído da UTI em 6 de setembro, mas retornou ao setor em 12 de setembro devido a complicações.
Faleceu neste domingo (10), Ulisses Gabriel, de 8 anos, segunda criança vítima de envenenamento por cajus dados por uma vizinha em Parnaíba. Ulisses estava internado há quase dois meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Ele havia saído da UTI em 6 de setembro, mas retornou ao setor em 12 de setembro devido a complicações.
O irmão de Ulisses, João Miguel, de 7 anos, também não resistiu e faleceu no dia 28 de agosto, após cinco dias internado. Os irmãos foram inicialmente atendidos no Hospital Nossa Senhora de Fátima, em Parnaíba, no dia 23 de agosto, e, com sinais de envenenamento, foram transferidos para o HUT em Teresina.
A mãe, Francisca Maria da Silva, relatou que os filhos comeram os cajus e saíram para brincar. Quando o mais novo voltou, ele já reclamava que estava tonto. Os irmãos apresentaram sintomas de intoxicação como convulsão, corpo roxo, língua preta e vomitando.
Vizinha é indiciada
A investigação da Polícia Civil de Parnaíba concluiu que a vizinha das vítimas, Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, foi realmente a autora do crime e a indiciou por homicídio qualificado e tentativa de homicídio, além da qualificadora de motivo torpe.
As investigações apontaram que a suspeita teria envenenado cajus após as crianças subirem no muro da casa dela para pegar frutos em uma árvore. A ação dela seria uma retaliação à ação das crianças, contra quem já havia feito ameaças.
Lucélia Maria chegou a dar uma sacola de cajus envenenados para as duas crianças. O crime aconteceu no bairro Dom Rufino, em Parnaíba. No dia da prisão da vizinha, a população revoltada incendiou a residência dela.
O delegado regional de Parnaíba, Williams Moraes, disse que os laudos feitos pelo Instituto de Criminalística confirmaram que o veneno encontrado no corpo da criança, onde foi feita a necrópsia, foi o mesmo que foi encontrado na casa da suspeita do crime. A substância, análoga ao chumbinho, é usada ilegalmente para matar ratos e como inseticida nas lavouras.
Lucélia Maria está presa desde o dia 23 de agosto, um dia após o crime, após serem encontrados os indícios do crime na casa dela.
Fonte: CIDADE VERDE
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